Por que incluir treinos e provas
curtos em sua planilha. E como isso vai fazer de você um atleta mais
veloz
Respeitar
o seu limite é importante para o ganho de velocidade. Foto: Shutterstock
1. Como preparação para provas alvo,
atletas profissionais costumam correr distâncias menores em velocidade alta.
Para amadores, isso também é válido. “Fazer provas curtas num ritmo forte deixa
o corredor numa zona de desconforto com a velocidade e isso é bom para se
acostumar nas provas maiores”, defende Ricardo Hirsch.
2. Disputar provas de 5 km no seu limite é importante no processo de
ganho de velocidade. Isso porque é no “calor da corrida” que o atleta
consegue se adaptar a intensidades mais altas. “Apenas com os treinos, é
difícil simular o mesmo desempenho de uma prova. Correr provas curtas em alta
intensidade servirá para que o atleta continue sempre veloz”, garante Enzo
Amato.
3. Os treinamentos de velocidade podem começar com tiros curtos e velozes, e
aumentar ao longo das semanas. “É importante manter os tiros menores em
toda a preparação para continuar melhorando a velocidade”, explica Amato.
Se o seu foco é uma prova maior, seu cronograma deve incluir treinos
longos bem distribuídos, com tiros bem curtos e velozes entre eles.
4. Prepare-se para mais treinamentos de intensidade do que o comum. “Em
alguns casos, é possível aplicar até três treinos intervalados na semana”,
recomenda o professor do curso TCR – Treinamento em Corrida de Rua, Marcelo
Camargo. “Mas isso exige um bom lastro de treinamento do atleta, para que
ele suporte as cargas mpostas sem o risco de lesão ou overtraining.”
5. Aos treinos de tiros, misture atividades que possam ajudar no ganho de
velocidade. “Incluir no cronograma outros treinos, como de força, educativos e
até tiros em rampas, também é indicado”, garante Hirsch, que inclui na lista de
preparação o fortalecimento muscular.
6. Ao longo das semanas, tente sempre aumentar a velocidade nos
tiros, mesmo que para isso você precise diminuir um pouco a distância. Mas
fique atento. “Se seus tiros não saírem no tempo que você previa, é porque está
cansado e não é dia de fazer tiros. Mude para um treino leve ou vá
descansar”, aconselha Amato. Detalhe: os intervalados devem ser sempre
parecidos e se o tempo final variar demais é porque você não acertou o
ritmo ou está cansado.
7. Treinos intensos e/ou longos exigem do atleta um tempo maior de
recuperação.
Portanto, cabe aqui uma das regras mais básicas da boa preparação: nunca realize um
treino desse tipo em dias consecutivos. “É preferível intercalá-lo com um
método de corrida regenerativo, ou com um dia de descanso”, indica Marcelo
Camargo.
Fontes: Marcelo Camargo é bacharel em
educação física e pós-graduado em treinamento esportivo e fisiologia do
exercício. Professor do Curso de Treinamento em Corrida de Rua.
marcelomaratona@yahoo.com.br. Enzo Amato é formado em educação física e
pós-graduado em administração e marketing esportivo. É diretor técnico da Enzo
Amato Assessoria Esportiva. Ricardo Hirsch é diretor técnico da assessoria
esportiva Personal Life.
(Matéria publicada na Revista O2 nº
105 janeiro de 2012)